Terça-feira, 8 de Abril de 2008

Mudança do blog!

Bom, é com certo pesar que mudo de casa os Guerreiros de Tálassa... maiores explicações na casa nova!

http://guerreirosdetalassa.blogspot.com/


(duro será transferir tudo daqui pra lá, rs)

abraço
publicado por hykmaco às 13:36
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Segunda-feira, 7 de Abril de 2008

Nunca mais

Texto do Miguel Falabella, segundo consta em diversos blogs... acrescento o meu à lista, para ficar no chavão!! Mas é um belo texto.


    Hoje estou desatando da memória as imagens de amor. As minhas, as nossas imagens de amor, porque as coisas são como são: no momento em que escrevo e no momento em que você lê, abrimos esses arquivos de imagens geradas a partir do amor, que são - vamos admiti-lo antes que seja tarde - os nossos arquivos prediletos. Tudo o que realmente nos interessa na vida está arquivado ali. Na câmara escura das nossas recordações. Imagens que vamos recolhendo vida afora. Elas têm nome e uma história para contar, cada uma delas. E nostalgia nada mais é do que a saudade da emoção vivida, num determinado momento que passou veloz.
    Emoções e emoções e ainda tanta emoção a ser vivida! Muito além dos indivíduos, além das particularidades. E todas essas químicas se processando no nosso corpo, pois há quem diga que amor nada mais é do que uma sensação provocada, para evitar a loucura da espécie e perpertuar o predador; uma ilusão passageira, uma descarga de substâncias certas no sistema.
    Lubrificação. Cuidados com a máquina.
    Seja lá o que for, andei tomando resoluções práticas para a existência. Porque nunca mais nesta vida quero ter saudade de beijo, nunca mais a nostalgia daquele mundo de línguas dançando balé no céu das nossas bocas. Nunca mais!
    E juro que nunca mais nesta vida quero tentar entender o amor. Quero deixar que ele passe por mim, como um pé de vento que sopra folhas e poeira num arranjo aprumado. Eu fico ali, no meio do redemoinho, só achando tudo muito bom. Depois, o amor se vai e a gente continua a tocar a existência. Assim é que deve ser.
    Nunca mais nesta vida quero gente se indo. Já está de bom tamanho. Coração da gente vai absorvendo os golpes: que são muitos e de todos os lados, sempre. Com quase todo mundo é assim. De repente, as pessoas começam a ir embora, por morte matada e morrida, por desamor, por tristeza, por ansiedade, por medos diversos, seu coração vai recebendo as pancadas  e uma hora dá vontade de dar um berro, sair vomitando as mágoas todas que a gente foi engolindo.
    Nunca mais gente partindo sem motivo aparente, sem dar nome aos bois ou uma denúncia vazia. Nesta vida, nunca mais!
    E nunca mais, nesta breve passagem, a palavra não dita, o gesto parado no ar, dissolvido antes do afago. Nunca mais a dose nossa de orgulho besta, a solidão das noites perdidas por amor desenganado, o coração parado, à espreita. Isso não. Quanto mais o tempo passa, mais a urgência da felicidade ilusória e da química do bem-estar, essas coisas todas que se operam em nossos íntimos. Nunca mais.
    Nunca mais um dia atirado ao nada, nunca mais o verbo que não se completa, todas as palavras que não foram ditas - verdades, todas elas -  uma após a outra, formando frases, pensamentos, sentimentos, amor costurando o texto, que é linha e que não refuga de jeito nenhum.
    Nunca mais! O coração se magoando todo o dia, a gente engolindo sapos e lagartos e se esquecendo de que é capaz de mudar cada uma das histórias, reecrever o livro das nossas vidas.
    Uma hora mais cedo e a cena teria sido outra outra ou o que teria acontecido se você não tivesse ido àquele lugar, àquela noite, quando o universo conspirava contra nós, ou a nosso favor? Quem é que vai nos explicar? Ninguém. Ou alguém.































   
publicado por hykmaco às 16:11
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Terça-feira, 1 de Abril de 2008

Efêmero

Sublime sensação de quero mais. Percepção do mínimo detalhe do outro, o outro aflorado em mim. Qu'est que c'est? Perco as palavras quando não devo... Outra hora elas voltam...



Ae, foi eu desistir de escrever que o termo surge de algum lugar: efemeridade! Voltemos, oras pois, sobre o efêmero. Algo passageiro, de constância não necessariamente definida, algo que é destinado a cessar-se. Resume-se bem em momentos, pela duração e transitoriedade, e perpassa nosso cotidiano quase que num piloto automático: apreciar a transição não é algo que seja comum, justamente por ser tão comum a tal transição – me permito o uso disfarçado do princípio de identidade, outra conotação para o óbvio.

Fato é que, se num primeiro momento a mudança, o cessar ser, é algo tido como ruim (vide casais apaixonados), um segundo olhar compreende sua dinâmica e acaba percebendo-a natural, algo contra a qual não se luta. Pressupõe-se o velho grão de areia que vai ao mar quase que indiferentemente aos seus pares, nossa pequenez para mudar algo no mundo a não ser nós mesmos. Se a plenitude é a meta do ser humano, ela não o é sem considerar nossa realidade mundana, corrosível, findável. E justamente nessa consciência reside toda a nossa grandeza, a saber: o direito a optar por esta ou aquela mudança, optar em como lidar com elas em diferentes contextos.

Posso aqui parecer arrogante? Afinal, poucos sensatos chegaram a definir a natureza humana em seu ideal ao longo do tempo. Mas algo me diz, na condição de humano, que tenho o direito de me pensar, e isto sempre me leva a colocações de amor à humanidade, ao seu mundo. Ao homem, quem deu o direito de nascer e morrer? Sem a busca dos princípios últimos, digo que os próprios homens decidem sobre a vida, e haja responsabilidade! Somos nós quem lidamos com a morte, não Deus. Somos nós quem precisamos passar uma vida nos indagando a existência, não Deus. Somos nós quem nos inundamos de prazer e dor, nas facetas mais diversas possíveis. Como então não amar ao homem, como não amar minha condição humana? Pois é nesta condição de mutante e aberto ao mundo em que me realizo, e tenho a mínima noção de quem sou. E abrir-se ao mundo consiste, em outras palavras, na apreciação do efêmero...

Quão efêmero o sussurrar no escuro de um cinema... ou de um toque de mãos... bom, são só pensamentos passageiros de um grão de areia. Faz parte.

publicado por hykmaco às 23:22
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Domingo, 23 de Março de 2008

Sentimentos (in)esperados!

Jota Quest: Mais Uma Vez
publicado por hykmaco às 23:10
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Otimismo (in)esperado.

Jota Quest: Sempre Assim
publicado por hykmaco às 23:05
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Tanto faz....

Jota Quest: Tanto Faz
publicado por hykmaco às 22:59
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Sábado, 23 de Fevereiro de 2008

Little things

            Pequenas coisas... a música irritante, numa língua desconhecida, em noite sem algo para fazer. Dormir seria uma boa, por um lado. Por outro soaria como desaforo. Vou até ela e sua cara de sono, num mundo que não é meu? Imagino a cena: um encontro silencioso, um estar perto que muita coisa poderia dizer, e que não seria por mim delimitado em sua significância correta no outro dia. Ficaria no podendo dizer muita coisa, ao menos enquanto a realidade não esclarecesse seus fios. Se bem que a realidade é factual, não se esclarece, é evidente – ou ao menos tomá-la assim parece-me coerente. E se é assim, a realidade não é o problema...
             Bom, quanto ao encontro, ela se encostaria em mim em seu sono, e seus olhos me fitariam quase que como num sonho. Sua respiração seria baixa, o corpo entregue a um estar no mundo sem grandes responsabilidades, sem um ideal maior. Seu olhar, ao me fitar, me atravessaria – não há necessidade de compreensão, gratidão, ódio. O toque das mãos como um quase adeus, como se a pele de ambos fosse algo que já não pudesse ser descoberto. Não haveria ode a ou b, não seria amaldiçoada a vida, quanto tão pouco sua celebração se expressaria. Ocorreria um sentimento de frio, vento gelado e folhas que farfalham num outono de uma de nossas memórias. Abrigo, sim, quereríamos um abrigo. Mas não um no outro. Quereríamos um abrigo em nós de toda solidão do mundo presente num dia frio. Ela atravessaria a rua e iria para seu quarto, poderia voltar finalmente ao seu mundo de sonhos, ao menos por umas horas. E eu? Isso fica para uma outra hora.
publicado por hykmaco às 19:12
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Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2008

Aos 22

Estive pensando, nestes últimos tempos, de como me previra quando chegasse à idade que tenho: formado, namorando, com meu carro ou minha moto 450cc, emprego fixo e prazeroso, grau de satisfação entre 8 e 10. Bom, percebe-se que eu me imaginava bem mais fodão do que realmente me tornei. Me imaginava um adulto, sem espinhas na cara, timidez excessiva com as mulheres, amigos não populares e dependência de meus pais; alguém que fora campeão de basquete numa competição qualquer, fechou o terceirão com média alta e passo de primeira no vestibular (quem dera isto fosse dificuldade em filosofia).

Qual meu maior sonho até então? Mudar o mundo, de forma ingênua, mas sincera – nunca fui dado a messianismo. Porque existem cargos públicos? Ora, para eu ocupar, com minha reputação ilibada, consciência social, vontade de crescer rápido e não permitir mais ditaduras, planos econômicos absurdos, crianças no sinal e filas nos hospitais. Era um esquerdismo naturalmente herdado dos professores de história com os quais estudei, esquerdismo pragmático, de ação, como me ensinou um dos poucos que devo e quero chamar meu mestre. Na época Lula ainda era uma promessa, FMI era xingamento, o real era uma moeda que eu achava “legal” (muito melhor que aquele monte de cruzeiros que minha mãe me dava para comprar um salgado na cantina do Osvaldo Cruz), o multilateralismo fazia parte da política norte-americana, brincar de golzinho não era tido como infantil pelo sexo oposto, muito menos ver desenhos japoneses, a Uem era uma grande pista para bicicletas (pouquíssimos sabem que por alguns corredores conhecidos passavam piás fugindo dos guardinhas e seus rádios sintonizados), e o Vanucci apresentava Esporte Espetacular aos domingos depois de uma boa corrida de fórmula um onde sempre faltava o Senna.

Muita coisa dita, poucos significados né? É que escrevo relembrando flashs back de alguns momentos, nada mais íntimo do que isto. Espero que os que lêem agora compreendam que as crianças sempre têm muita coisa para contar, e na afobação se precipitam.

Fato é que com vinte e dois anos (sim, eis minha idade, nem boa, nem ruim) seria um adulto destes que aparecem nos jornais, escrevem livros, decidem sobre como o trânsito de pipas pelo céu é possível e sobre fazer ou não fazer guerra. E agora José, (perdoe-me Drummond)? Ai, ai, este saudosismo um dia me mata.

Agora sou um acadêmico de filosofia, tenho um carro e amo uma mulher: por mais tolo que amá-la possa parecer, por mais tolo que se orgulhar de um gol 89 possa parecer, por mais tolo que sentar numa sala num calor de 30 graus para falar sobre santo Anselmo possa parecer (neste caso fico tentado em concordar). Tenho um emprego estável, planos para um futuro não tão distante e embasbacado com algumas coisas que me dão medo – sempre houve medo, possivelmente sempre haverá em algum momento. Continuo a gostar de desenhos japoneses, jogar golzinho ainda me apraz e andar de bicicleta na Uem é hobby escondido. Ainda sou tímido com mulheres, meus amigos não freqüentam por vocação locais aglomerados e da moda e continuo a outorgar aos meus pais algumas responsabilidades. No geral, sou eu quem vos fala, seja com doze anos ou vinte e dois – tudo isso para chegar à conclusão de que sou o mesmo.

Quantos mundos conquistei? Mudei o mundo como imaginava? Nem a pau, o mundo é que acabou me mudando. Mas mesmo mudado, olhos fotos antigas e me vejo, ali, como se fosse hoje, tudo o que senti e sonhei. Não nego que influi no mundo de alguém, mas como sempre é recíproco me dou o devido perdão. Mundo, mundo, vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo... levantaria dos livros e acertaria um “trabalho” com uma mãe de santo contra essa praga que tanto incomoda seu autor! Mas faz parte, diria Bambam, o filósofo das massas: Seu Carlos nem se incomodaria com tamanha mixaria, e acabaria me mandando procurar alguma anca larga para me esconder – simples assim.

Estou no grau 10 de satisfação? Nem a pau! – parafraseando mais uma vez os trejeitos de um nobre colega. Para estar neste grau deveria estar no mestrado, com um Civic na mão e ter conseguido a proeza de compreender o coração de certa dama (e olha que eu tento ein). Grau 9 talvez? Não, otimista demais. Pulando causos e lorotas, um grau 7 é de bom tamanho. Se a maioria das coisas não são como nós queríamos, grande parte das surpresas que elas nos reservam podem trazer coisas boas, depende só de postura, ponto de vista. Além do que, ter que estudar como um louco e trabalhar para manter a loucura em dia toma muito tempo para divagações como esta, incluso amor e coisas afins.

Afinal, algumas coisas nunca mudam. Desde um sorriso dado de bom grado a um poema de Drummond. É só aprender a lidar com elas.

publicado por hykmaco às 02:53
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Domingo, 13 de Janeiro de 2008

Ternura



Enterneço,
e terno permaneço.
Há vida além-mar?
Há dor além-vida?

Nada de filosofia por hoje - teu sorriso me basta.
publicado por hykmaco às 22:25
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Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2008

Maria do vestido azul



Felicidade é sorrir

E partir corações

Linchar sentimentos

Inunda-los de substância orgânica

Caso a caso - destino

Imperdoável o calor de tuas vestes

Destoando perdida às traças

Aplaudida

Destemida

Empobrecida Maria das rosas do vestido azul

publicado por hykmaco às 04:12
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